quinta-feira, dezembro 29, 2016

JIM REID (55)

Jim Reid, a voz dos Jesus And Mary Chain, completa hoje 55 anos, mas, profissionalmente, os festejos já começaram há mais tempo: a banda dos irmãos Reid prepara-se para lançar, já no primeiro trimestre de 2017, o sétimo álbum de estúdio. Foram precisos quase vinte anos, desde o álbum Munki (1998), para que os fãs vissem material novo da banda que espalhou, nos anos 80 e 90, aquilo a que eu chamo de noise-rock-fofinho (sem qualquer sentido pejorativo, atenção).
Damage And Joy é o nome do álbum, cuja produção ficou a cargo de Youth, fundador e atual baixista dos Killing Joke.
Em termos de concertos, a The Damage And Joy Tour, marcada para o próximo ano, chegará até Madrid e Barcelona. Para já, portanto, o nosso país (que pôde vê-los no Alive '15) fica de fora.
Parabéns, Jim Reid!

segunda-feira, dezembro 26, 2016

George Michael (1963-2016)

As últimas notícias que o site e a página no facebook oficiais de George Michael apresentam datam de novembro deste ano e dão conta da azáfama do músico na preparação do documentário Freedom, cuja estreia estará apontada para março de 2017, e da intenção, tanto por parte da Sony como do ex-vocalista dos Wham, em fazer coincidir esse momento com a reedição de Listen Without Prejudice. Não há, não havia notícias de quaisquer problemas de saúde que nos pudessem preparar para a notícia da sua morte. Mas aconteceu, neste dia de Natal de 2016.
A morte de George Michael é o desaparecimento de um pedaço da infância ou adolescência de cada um de nós, que pertencemos a uma geração que guardava e guarda uma imagem, tanto estética como musical, muito nítida deste ícone da pop dos anos 80. E que a revisitava, e revisita, assiduamente no leitor de CDs lá de casa ou no DJ set ao som do qual dançamos frequentemente. É o desaparecimento do ídolo teen pop, cujos posters da revista Bravo preenchiam as paredes dos quartos femininos, ao lado do seu companion Andrew Ridgeley, enquanto no gira-discos rodavam os Wake Me Up Before You Go-Go ou os Last Christmas de que os rapazes negavam gostar na escola. Mas também é o desaparecimento do compositor de obras magistrais a solo como os álbuns Faith ou Listen Without Prejudice, que mostraram que a liberdade - a Freedom - de George Michael era também a nossa de podermos admitir que um dia tínhamos gostado daquele ídolo pop. Agora já muito tempo passou. Os Wham acabaram há 30 anos e George Michael deixou-nos hoje. Fica a música e ficam as memórias, em jeito de homenagem, do concerto em Coimbra, em 12 de maio de 2007.