terça-feira, julho 26, 2011

MICK JAGGER (68)

Mick Jagger faz hoje 68 anos. O tempo passa, mas o homem está aí para as curvas. No caso do vocalista dos míticos Rolling Stones, só se aplica mesmo a primeira parte da frase live fast, die young. Mas o que fez Mick Jagger de tão relevante nos anos 80 que mereça ter aqui lugar de destaque? Para além do trabalho com os Rolling Stones (que não foi pouco), Mick fez umas coisas por sua conta e risco... E não se saiu nada mal. Ora agarrem lá umas datas!

1984
Maio - Gravação com Michael Jackson da canção State Of Shock.

1985
Fevereiro - Lançamento do primeiro álbum a solo, She's The Boss, cujo primeiro single a ser extraído é Just Another Night. O vídeo apresenta Mick em cenas escaldantes com a actriz Rae Dawn Chong. Para ver na barra lateral.
Maio - Lançamento do segundo single, Lucky In Love.
Junho - Gravação com David Bowie de Dancing In The Street.
Julho - Participação no Live Aid, em Philadelphia. Tina Turner junta-se-lhe em palco. Miss Hot Legs é apontada como a mulher que ensinou Jagger a dançar; lançamento do terceiro single de She's The Boss, intitulado Hard Woman.

1987
Março - Mick Jagger grava aquele que irá ser o seu segundo álbum a solo, Primitive Cool.
Setembro - Lançamento do single Let's Work.
Novembro - Lançamento de Throwaway, segundo single a ser extraído de Primitive Cool.

1988
Janeiro - Lançamento de Say You Will, terceiro single a ser extraído de Primitive Cool.
Março - A primeira digressão a solo no Japão, onde os Stones nunca tinham tocado devido à conotação do grupo com as drogas. Acompanha-o nesta digressão o guitarrista Joe Satriani. Tina Turner também aparece num ou dois concertos.
Setembro - Digressão a solo na Austrália, onde toca o original nunca gravado What Kind Of World Is This?


sábado, julho 23, 2011

Há vida para além dos 27

A morte de Amy Winehouse, hoje, surpreende, não tanto pela novidade - no processo de auto-destruição em que se encontrava, era uma questão de tempo... - mas pela coincidência de ter ocorrido aos 27 anos, precisamente a idade com que grandes ícones da música internacional nos deixaram. O peso desta coincidência é tanto que até existe a designação de "Clube dos 27" para este conjunto dos artistas. Nesse "clube" estão, entre outros, Brian Jones (Rolling Stones), Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain. E agora, Amy Winehouse. Com esta morte, lembrei-me das vozes femininas que povoaram os anos 80. E lembrei-me de que os 27 anos não têm de ser - nem devem ser - capítulo final de uma existência. O trabalho que se segue situa algumas das principais vozes femininas dos anos 80 aos 27 anos. Algumas faltarão aqui, mas, para que a lista não se tornasse demasiado longa, impus o critério de que o vigésimo sétimo aniversário teria de ter sido celebrado durante a década dourada da pop, o que, desde logo, eliminou nomes como Tina Turner, Debbie Harry, Kylie Minogue ou Samantha Fox (entre outras).

Aos 27 anos, Adelaide Ferreira vem de editar o seu primeiro álbum, Entre Um Coco E Um Adeus (1986), que inclui temas como Papel Principal e Coqueirando. No ano anterior, tinha vencido o Festival RTP da Canção, com Penso Em Ti, mas na Eurovisão, o tema não fora além do... 18º lugar e último. Entre Um Coco E Um Adeus confirma Adelaide como uma cantora sólida, capaz de suplantar a mera sucessão de singles em que a sua carreira se tinha tornado.

Aos 27 anos, Alison Moyet ganha o Brit Award para Melhor Artista Feminina. Um ano antes, em 1987, lança Raindancing, o seu segundo álbum a solo, que mostra uma sonoridade mais light-pop, já muito distanciada das aventuras electrónicas com Vince Clarke (nos Yazoo). Canções como Is This Love, Weak In The Presence Of Beauty e Ordinary Girl, fazem parte deste álbum, que apenas verá sucessor em 1991 (Hoodoo). Ainda em 1987, Alison Moyet grava Love Letters, uma versão do original de 1945.

Aos 27 anos, Annie Lennox integra os Eurythmics, que acabam de lançar o primeiro álbum, In The Garden. Produzido em parceria com Conny Plank (que já vem do tempo dos The Tourists), In The Garden produz dois singles, Never Gonna Cry Again e Belinda, e tem um desempenho discreto nas tabelas de vendas. O sucesso comercial para os Eurythmics surgirá dois anos depois, com o segundo LP, Sweet Dreams (Are Made Of This).

Aos 27 anos, Belinda Carlisle encontra-se numa fase decisiva da sua carreira musical. As Go-Go's acabam em Maio de 1985 e Belinda inicia, ainda nesse ano, as gravações do seu primeiro álbum a solo, intitulado Belinda (1986). O futuro é uma incógnita (Heaven Is A Place On Earth virá mais tarde), mas as participações de gente como Mick Fleetwood (Fleetwood Mac), Susanna Hoffs (Bangles), Andy Taylor (Duran Duran) e Tim Finn (Split Enz), neste álbum de estreia, asseguram um início auspicioso. Deste álbum são extraídos os singles Mad About You, I Feel The Magic e Band Of Gold.

Aos 27 anos, Cyndi Lauper ainda está longe do sucesso que obterá como cantora a solo. Em 1980, faz parte de uma banda retro-rockabilly chamada Blue Angel, que editam, no mesmo ano, um álbum homónimo, de resto, o único. Deste álbum, fazem parte temas como I'm Gonna Be Strong (gravada, nos anos 60, por Gene Pitney, na sua versão mais conhecida) e Maybe He'll Know (que regravará para o álbum a solo True Colours).

Aos 27 anos, Gloria Estefan faz parte dos Miami Sound Machine, que lançam, em Agosto de 1984, o primeiro álbum cantado em inglês, de uma carreira que, até então, apenas tinha como alvo a comunidade latina de Miami e arredores. Este álbum inclui Dr. Beat, uma cançãozinha tão irritante quanto o airplay que teve, na altura, por tudo quanto era rádio.

Aos 27 anos, Kate Bush prepara-se para lançar Hounds Of Love (1985), o quinto álbum da sua carreira e aquele que virá a constituir-se como o seu mais bem sucedido trabalho em termos comerciais. Em 2002, a revista Q considera-o mesmo o terceiro melhor álbum feminino da história da música. Dele fazem parte temas como Running Up That Hill, Hounds Of Love e Cloudbusting.

Aos 27 anos, Kim Wilde grava Close (1988), o seu sexto álbum, que inclui um dos seus mais bem sucedidos singles de sempre, You Came. Produzido por Ricky Wilde (irmão de Kim) e Tony Swain, Close é o último álbum em que Marty Wilde (o pai) participa como compositor. Este LP produz os singles Hey Mister Heartache, You Came, Four Letter Word, Love In The Natural Way e Never Trust a Stranger.

Aos 27 anos, Madonna vem da sua primeira digressão, a Virgin Tour, que promove os primeiros dois álbuns, Madonna (1983) e Like A Virgin (1984), e se estende pelos Estados Unidos e Canadá (apesar de, inicialmente, ter sido planeada como mundial). Lembro-me de uma prima ter gravado um dos concertos, que passou numa rádio portuguesa (RFM? Já havia?), e de termos devorado aquilo nas férias. Na altura, não havia qualquer hipótese de as imagens chegarem até nós, mas, pelos relatos, soubemos que foi um sucesso de bilheteira. Mal sabíamos nós que madonna estava ainda no dealbar de uma carreira a todos os títulos única na história de música pop...

Aos 27 anos, Nena vê o seu projecto como banda chegar ao fim, dando início a uma carreira a solo que nunca virá a recuperar o sucesso mundial de 99 Red Balloons. Na Alemanha, será sempre muito grande.

Aos 27 anos, Pat Benatar está no início da sua carreira a solo, com álbum de estreia editado em Outubro de 1979, e preparando-se para lançar aquele que será o álbum de maior sucesso comercial da sua carreira: Crimes Of Passion. Este LP inclui Hit Me With Your Best Shot e Wuthering Heights, numa versão do original de Kate Bush.

Aos 27 anos, Paula Abdul goza ainda os dividendos de um álbum de estreia, Forever Your Girl (1988), que produziu seis singles e a consituiu como um fenómeno na música pop de dança americana. Straight Up, Forever Your Girl e Opposites Attract são alguns dos temas deste álbum.

Aos 27 anos, Sade Adu vence um Grammy para Melhor Novo Artista, e encontra-se em digressão mundial (a sua primeira) para promoção de Promise, o segundo álbum da banda (que tem o seu nome). Com dois álbuns na carteira, Diamond Life e Promise, Sade Adu é, aos 27 anos, uma das maiores artistas britânicas dos anos 80, preparando-se para gravar Stronger Than Pride, o seu terceiro LP.

Aos 27 anos, Sandra encontra-se a promover o seu terceiro álbum, Into A Secret Land (1988), do qual são extraídos cinco singles: Heaven Can Wait, Secret Land, We'll Be Together, Around My Heart e La Vista De Luna. Produzido pelo marido, Michael Cretu, Into a Secret Land antecede Paintings In Yellow, que será editado em 1990. Nesta altura já vão longe os tempos de Maria Magdalena ou In The Heat Of The Night, pelo que estes álbuns me passam completamente ao lado.

Aos 27 anos, Sheena Easton já conta com sete álbuns. A sua carreira atravessa alguma indefinição, o que a leva a optar pela música de dança, em detrimento da pop que lhe tinha granjeado sucesso no início da década. Em 1986, prepara-se para gravar No Sound But A Heart, o seu oitavo longa-duração. No ano seguinte, voltará à ribalta pela mão de Prince (U Got The Look).

Aos 27 anos, Siouxsie Sioux lança, com os Banshees, o sexto LP da banda, Hyaena (1984), que inclui Dazzle, Swimming Horses e, na edição americana, a fantástica versão de Dear Prudence (The Beatles). Paralelamente, mantém em actividade os The Creatures, com Budgie (baterista dos Banshees), com quem lançou, em Maio de 1983, o primeiro álbum.

Aos 27 anos, Suzanne Vega aprecia, certamente, a forma entusiástica como a crítica e o público acolheram o seu álbum de estreia (1985), que contém pérolas como Marlene On The Wall, Cracking e The Queen And The Soldier. Nesta altura, estará já em processo de composição dos temas que farão parte de Solitude Standing, o segundo LP, a lançar no ano seguinte.

Aos 27 anos, Tracey Thorn tem já uma carreira consolidada com os Everything But The Girl, que se preparam para lançar The Language Of Life (1990). Este é o quinto álbum do projecto que surge em 1982 com Tracey e Ben Watt, o seu companheiro de sempre.

sexta-feira, julho 22, 2011

Playlist temática: títulos começados por "don't"

A playlist temática de hoje apresenta um conjunto de canções cujos títulos remetem para uma ordem, um pedido ou um conselho e têm como característica comum serem iniciados pela palavra "don't". Todos? Não. Na verdade, de todos estes títulos, apenas o dos Human League não encaixa no perfil. É mais uma pergunta angustiada de quem se sente rejeitado. Ainda assim, incluí-o na listagem porque está lá o "don't" obrigatório no início. Esta lista é limitada, por isso peço a vossa colaboração no sentido de a ampliar.


human league - don't you want me
yazoo - don't go
simple minds - don't you forget about me
glass tiger - don't forget me when i'm gone
police - don't stand so close to me
ub40 - don't break my heart
vaya con dios - don't cry for louie
journey - don't stop believin
communards - don't leave me this way
everything but the girl - don't leave me behind
voice of the beehive - don't call me baby
pretenders - don't get me wrong
bobby mcferrin - don't worry be happy
peter gabriel & kate bush - don't give up.
ken lazlo - don't cry
isley brothers - don't say goodnight (it's time for love)
crowded house - don't dream it's over
fine young cannibals - don't look back
danger danger - don't walk away
dennis edwards - don't look any further
matt bianco - don't blame it on that girl
johnny hates jazz - don't say it's love

Apareçam amanhã, depois do jantar, no mural do Queridos Anos 80 no facebook. Esta playlist vai passar. Vemos os telediscos e trocamos cromos. E, como de costume, divertimo-nos a valer! :)

sexta-feira, julho 15, 2011

Ian Curtis (15.07.1956)


Se fosse vivo, completaria, hoje, 55 anos. Como seria a música com os Joy Division? Como seria a música sem os New Order?

quarta-feira, julho 13, 2011

LIVE AID: vinte e seis anos!

O festival de música que marcou a minha adolescência realizou-se há 26 anos. O Live Aid, a partir de uma ideia de Bob Geldof (Boomtown Rats) e Midge Ure (Ultravox), foi o festival que me prendeu à TV durante largas horas. Na ausência de programas de telediscos, de estações televisivas de música, esta foi a primeira oportunidade de ver os meus ídolos ao vivo... e a preto-e-branco, no meu caso.

A história do Live Aid começa uns meses antes com a canção Do They Know It's Christmas. Depois de ter visto as imagens que horrorizaram o mundo - seres humanos a morrer de fome na Etiópia - Bob Geldof juntou-se a Midge Ure e ambos decidiram compor uma canção que seria interpretada pelos maiores nomes da música britânica da altura, entre os quais estavam Sting, Phil Collins, George Michael, Bono, Duran Duran, Culture Club, Spandau Ballet e Bananarama. O objectivo era simples e ambicioso ao mesmo tempo: angariar fundos para ajudar as vítimas da fome na Etiópia. Surgiu então o single Do They Know It's Christmas, que foi fenómeno mundial de vendas (8 milhões de libras) e é ainda hoje tema obrigatório na época natalícia.

O sucesso de DTKIC deverá ter levado Geldof a pensar mais alto. Havia que aproveitar a generosidade da música e só ao vivo ela poderia, com toda a sua força, fazer alertar o mundo para um problema tão real como distante. Decidiu-se então organizar um concerto que congregasse o que de melhor a música tinha nos anos 80. Foram escolhidos dois palcos - o Estádio de Wembley, onde teria lugar o desfile de artistas britânicos, e o Estádio JF Kennedy, em Filadélfia, onde os artistas americanos actuariam para o mundo. Esta regra não se aplicou na perfeição pois, por exemplo, os Duran Duran actuaram no palco americano.

Phil Collins foi o único artista que actuou nos dois palcos. Entrou em Wembley às 15.18 para tocar com Sting durante cerca de meia-hora. Depois apanhou o Concorde para Filadélfia. Durante a viagem foi entrevistado em directo para a BBC, enquanto Carlos Santana actuava no Estádio JF Kennedy. Entrou no palco americano à 1.00 da manhã (hora inglesa) para cantar Against All Odds e In The Air Tonight.

Aqui pode ver-se um quadro detalhado das actuações, horários e músicas interpretadas. A avaliar pela reacção do público e da imprensa da altura, as actuações mais conseguidas foram as dos U2 e dos Queen com Bono e Freddie Mercury em grande forma.

O Live Aid, nas suas duas vertentes, arrecadou cerca de 40 milhões de libras, dinheiro que foi canalizado para a ajuda aos mais necessitados em África. É claro que este evento não resolveu o problema, mas pelo menos aproximou-nos daqueles que até então eram "invisíveis" aos olhos do mundo desenvolvido.

Para mim, o Live Aid foi um momento mágico em que pude ver pela primeira vez os meus ídolos da música tocar ao vivo. Desde os U2 até aos Simple Minds, passando por Duran Duran, Nik Kershaw, Paul Young, Madonna, enfim tantos! Foi também o da desilusão de ver uma das minhas bandas preferidas da altura cancelar a sua participação - os Tears For Fears - ou de não poder acompanhar a parte americana do concerto até ao fim porque a minha mãe não deixou (o concerto acabou às 4 da manhã)!

Hoje, 26 anos depois, e com a edição do DVD, disponível já há seis anos, podemos recordar todo este fantástico evento. Convido-vos desde já a deixarem nos comentários as vossas memórias deste dia!

segunda-feira, julho 11, 2011

RICHIE SAMBORA (52)

Richie Sambora era o ídolo de uma antiga namorada de verão que eu tive quando era adolescente. Chamava-se Margarida e, por uns dias, pensou mais em mim do que no Richie. Acho eu. Por isso merece, hoje, referência no Queridos Anos 80, dia em que completa 52 anos.

Um dos fundadores dos Bon Jovi, Richie Sambora é o seu guitarrista de sempre, parceiro de John Bon Jovi na composição da maior parte das composições do grupo, e segunda voz, que complementa na perfeição, a voz principal de John. Marcou uma época no heavy-rock, ou pop-metal, como lhe queiramos chamar, com aquele efeito vocal, em que liga um tubo à guitarra e faz aquele "uuwwrooo-uuwwrooo-uuwwrooo-uuwwrooo" em Livin On A Prayer. Quem perceber de guitarras e técnica que me explique aquilo que ele faz, se faz favor.

A história recente de Richie Sambora não tem sido fácil. Em Março de 2008, o QA80 já dava conta dos seus problemas com o álcool, os mesmos problemas que o perseguiram até há bem pouco tempo, e que puseram em causa a sua participação na digressão europeia da banda para este ano. Felizmente, as últimas notícias dão-no como acabadinho de sair do rehab e pronto para se juntar aos seus colegas de sempre em palco, o que é uma excelente notícia para todos aqueles que, no próximo dia 31 os vão aplaudir ao Parque da Bela Vista. Parabéns, Richie!

SUZANNE VEGA (52)

Suzanne Vega entrou na minha vida, nos anos 80, com a canção Marlene On The Wall, que fez parte do seu álbum de estreia, o registo homónimo de 1985. Desse álbum, que mais tarde adquiri em CD, fazem parte outras pérolas, tais como Cracking e The Queen And The Soldier (a minha preferida!).

O segundo álbum, cujo vinil a minha irmã teve a feliz ideia de adquirir em 1987, catapultou definitivamente a cantora para a fama mundial. Solitude Standing foi o seu momento mais alto em termos comerciais, com o tema Luka a varrer as tabelas de vendas. Desse álbum faz também parte Tom's Diner, um tema a capella que só atingiu a notoriedade merecida quando foi usado numa remix dos The DNA Disciples, em 1990.

Suzanne Vega continuou a gravar, por vezes com grande espaçamento temporal entre os álbuns, mas nunca mais atingiu o sucesso que granjeou na década de 80. A cantora esteve por cá há três anos, actuando em Torres Novas e na Guarda, e em 2009, em Sintra. Hoje, esta menina de voz doce e frágil completa 52 anos. Parabéns!

terça-feira, julho 05, 2011

A Paixão do Rock - Anos 70/80/90

Na próxima sexta-feira, as guitarras vorazes e as melodias intemporais, no V5 bar (Porto). Eu vou lá estar a misturar CDs. Aparece!

segunda-feira, julho 04, 2011

JOHN WAITE (59)

John Waite faz hoje anos. Já são 59. E que posso eu dizer-vos sobre este inglês que vós já não saibais? (pugnemos pelo regresso da segunda pessoal do plural!). Bom, praticamente nada. Todos vós sabeis que ele canta o Missing You (1984), canção que se fartou de vender em todo o mundo, e que tem uma versão de Tina Turner de 1996. Ter-vos-á talvez escapado que foi precisamente a Tina a destronar o John do primeiro lugar do top da Billboard, em 1984, com um tal de What's Love Got To Do With It...

Todos vós devereis ainda saber que John Waite fez parte dos The Babys, banda cuja actividade ocorreu na segunda metade da década de 70. Mas será com os Bad English que a vossa memória vos fará sorrir com mais celeridade! Com efeito, apesar da curta existência desta banda (88-91), ficou certamente nos vossos ouvidos uma balada chamada When I See You Smile, ao som da qual tereis porventura passado alguns momentos bonitos na companhia da vossa cara metade.

John Waite esteve em Portugal, pela primeira vez, em 2010, no Cinema S. Jorge, em Lisboa. Fostes ver?

domingo, julho 03, 2011

Para gostar e divulgar

Com a transformação da página do Queridos Anos 80 no Facebook de perfil  pessoal em perfil de produto ou marca, agora a coisa funciona com "Gostos" e já não com amigos. Ainda que se perca alguma interactividade (de mim para vocês, principalmente), esta transformação era inevitável. O essencial é que o espírito de comunidade se mantém e a partilha de gostos musicais, alicerçada, por vezes, em relatos de uma adolescência perdida ou em discussões do tipo "a-minha-banda-é-melhor-que-a-tua" transforma o mural do Queridos Anos 80 em espaço de emoções à flor da pele. Como se fossemos teenagers. Fica o convite para quem ainda não passou por lá. Juntem-se à malta e vamos celebrar a música da década dourada da pop.

VINCE CLARKE (51)

Se este senhor não existisse, os anos 80 teriam sido, provavelmente, um longo bocejo no que à música electrónica diz respeito. Há quem lhe chame talento, eu chamo-lhe génio. Tudo o que Vince Clarke tocou foi ouro, ou andou perto disso.

A primeira amostra de visibilidade, teve-a nos Depeche Mode, e com o álbum Speak And Spell. O imortal Just Can't Get Enough é da sua autoria. Jamais se saberá que rumo os DM tomariam se Clarke não tivesse saído da banda logo após a edição deste primeiro álbum...

O que se sabe é que o compositor se juntou à magnífica Alison Moyet, com quem gravou dois álbuns e deixou para a história aquela que eu considero a melhor canção dos anos 80: Only You. Mas, para além deste pedacinho de pop magistralmente belo, há ainda Nobody's Diary, Situation ou Don't Go, por exemplo.

Logo após o fim do grupo, Clarke juntou-se a Eric Radcliff, nos Assembly, que, recrutando Feargal Sharkey tiveram relativo êxito com o tema Never Never. Depois, com Paul Quinn, gravou o single One Day.

Mas Vince Clarke precisava de um projecto que lhe proporcionasse uma experiência mais sólida e duradoura, um novo fôlego que o projectasse definitivamente em termos comerciais. E esse projecto nasceu em 1985 com o nome Erasure. Após um anúncio no Melody Maker, que procurava um vocalista para dar corpo à genialidade electrónica de Clarke, surgiu Andy Bell, e o resto foi história. Temas como Sometimes, Chains of Love, Ship Of Fools, A Little Respect, Chorus, ou o EP Abba-esque, fizeram dos Erasure uma das bandas da pop electrónica mais fascinantes da década. E continuam de boa saúde, preparando a edição do nono álbum de originais para o próximo outono, com o título Tomorrow's World.

m 2008, Clarke e Moyet reformaram os Yazoo para celebrarem os 25 anos da banda. Por toda uma carreira cheia de momentos brilhantes, e porque hoje completa 51 anos, Vince Clarke merece os nossos parabéns. E o nosso obrigado!

sexta-feira, julho 01, 2011

DEBBIE HARRY (66)

Deborah Harry, a loira platinada, vocalista dos Blondie, nasceu há 66 anos. Ponham bem os olhos nas imagens e vejam só como se pode envelhecer com estilo. Nunca foi tecnicamente uma boa cantora, mas beneficiou daquele estatuto de sex-symbol que sempre a acompanhou ao longo dos anos e que faz esquecer tudo o resto. Basicamente uma banda dos anos 70 surgida da revolução new wave, os Blondie existiram até 1982, ano em que encerraram a actividade, em grande parte devido à doença que atingiu Chris Stein, membro fundador do grupo.

Debbie também teve carreira a solo. Insignificante, mas teve! Iniciou-a ainda cedo, em 1981, com o álbum Koo Koo, mas o desastre que constituiu o disco em termos comerciais, aliado à doença de Stein, fizeram-na retirar-se da cena musical durante cinco anos.

Em 1986 regressou com Rockbird e com a sua mais famosa canção a solo até hoje, a tal dos linguados nos States: French Kissin (In The USA). Em 1989 editou um álbum mais virado para o euro-dance, Def Dumb And Blonde, mas a sua estrelinha musical nunca brilhou ao mesmo nível do grupo de que fora vocalista.

Durante a década de 90, Debbie Harry investiu numa carreira musical muito pouco produtiva através do álbum Debravation (1993) e da participação no projecto The Jazz Passengers (1997). Entrou também no mundo da representação, tendo participado em algumas produções cinematográficas.

Em 1999, a grande novidade: os Blondie voltavam à actividade com o álbum No Exit - o primeiro em 17 anos - e o tema Maria, que animou muitas pistas de dança. O seu quinto álbum a solo surgiu em 2007 com o título Necessary Evil. E o nono longa-duração dos Blondie acabou de ver a luz do dia: chama-se Panic of Girls. A senhora ainda está aí para as curvas. Parabéns, Debbie!